Não ter todo o dinheiro para comprar um imóvel já não impede mais ninguém de sair do aluguel. Aliás, a maioria das pessoas não tem a disponibilidade de fazer um pagamento à vista. Mesmo tratando direto com o proprietário do imóvel, o financiamento bancário é a solução mais simples. Existem vários tipos de financiamento de imóvel, com parcelas regulares e parcelas crescentes e decrescentes ao longo do período de financiamento que pode durar meses ou anos.
A vantagem é já poder mudar para o imóvel imediatamente mas deixar para pagar depois. Assim, a parcela do financiamento funciona como um aluguel, já que é uma quantia que deve ser paga todo mês, com a diferença que, ao final do pagamento, o imóvel é seu.
Isso não quer dizer que o vendedor demore esse tempo todo para receber pela venda do imóvel. Este pertence ao banco enquanto durar o financiamento. Quando a última parte for acertada, o novo dono recebe a escritura do bem com o seu nome.
Existem vários tipos de financiamento, os mais usados seguem os sistemas de amortização Price e SAC. Como o novo proprietário vai, na verdade, comprar o imóvel do banco, não é só pelo bem que ele paga. As parcelas são um sanduíche de contas que compreendem a amortização (parcelas do valor do imóvel), os juros (espécie de aluguel pelo dinheiro emprestado), as taxas do banco (cobrança pelos serviços prestados) e o valor do seguro (que garante que a dívida será paga, mesmo que haja inadimplência).
É preciso pensar como as parcelas do financiamento do imóvel vão se encaixar no orçamento da família. O ideal é que elas representem de 5% a 20%, de acordo com o valor da renda. A conta não pode fechar muito apertada, porque é interessante deixar uma reserva para imprevistos, como o conserto do carro, uma gravidez não planejada ou o desemprego. O ideal é fazer um ensaio antes de começar a pagar. O comprador pode separar a quantia da parcela e basear o pagamento de outras contas e o custo da sobrevivência em geral na quantia que sobrar. Se conseguir, ótimo. Caso contrário, é melhor considerar diminuir a parcela e aumentar o tempo do financiamento da casa ou do apartamento.
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Sistema de amortização Price
A tabela Price, conhecida como sistema francês de amortização, estabelece parcelas de mesmo valor do começo ao fim do período de financiamento. Isso funciona na teoria. Na prática, a amortização permanece a mesma mas os juros sobem.
Se o salário do comprador não for reajustado na velocidade do valor das parcelas, o pagamento pode comprometer um pouco a renda. A solução é pensar no aumento antes de fechar negócio ou fazer um pé de meia para a reta final do pagamento.
Sistema de amortização SAC
A sigla quer dizer Sistema de Amortização Constante. Nesse sistema, as parcelas do financiamento são constantes mas os juros são maiores no início. Assim, as parcelas iniciais ficam mais altas e, conforme o contrato avança, o valor delas cai. É uma boa opção para quem tem boa parte do dinheiro mas não o total guardado para a compra do imóvel financiado.
A tabela SAC é a preferida dos consumidores, responsável por 80% a 90% dos financiamentos de imóveis. Isso porque o modelo cobra os juros em cima do saldo devedor. Ou seja, quanto mais rápido o saldo devedor é pago, menos juros o comprador paga.
Simulador de financiamento da Caixa
A Caixa Econômica Federal (CEF) é uma empresa pública do governo federal e um dos bancos mais procurados para quem quer financiar um imóvel. Possui diferentes tipos de linhas de créditos, que variam de acordo com a realidade de cada comprador. Para definir qual é a melhor linha de crédito para você, a dica é usar o simulador de financiamento da Caixa, disponível no site do órgão, e que vai informar quais serão os valores, as prestações e os prazos para a aquisição da casa própria através do financiamento habitacional CAIXA. Clique no link abaixo para fazer uma simulação:
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